2025-08-12
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Colômbia protesta contra Peru por ilha na tríplice fronteira no rio Amazonas — Foto: Reprodução
GERADO EM: 11/08/2025 - 21:29
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Em menos de uma semana desde que o presidente colombiano Gustavo Petro acusou o Peru de tomar seu território e violar o Protocolo do Rio de Janeiro ao criar o distrito de Santa Rosa de Loreto,as tensões ao longo da tríplice fronteira amazônica aumentaram. Primeiro,nesta quinta-feira (7),com um avião militar de Bogotá sobrevoando a ilha peruana de Chinería,e agora com o hasteamento de uma bandeira colombiana.
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Foi Iván Yovera,ex-prefeito da cidade de Santa Rosa,quem notificou as autoridades sobre esta incursão.
Colômbia protesta contra Peru por ilha na tríplice fronteira no rio Amazonas — Foto: Editoria de Arte/O Globo
"Eram por volta das 7h30 quando uma amiga me mandou uma mensagem dizendo que estavam hasteando uma bandeira colombiana na parte sul da ilha [Chinería]. Ela me mandou uma foto e disse: 'Olha,estão hasteando uma bandeira'. Avisei as autoridades imediatamente",contou ao El Comercio.
Ele também relatou que transportadores fluviais na área avistaram três barqueiros colombianos,onde se acredita que estejam os responsáveis pelo içamento ilegal.
"O presidente da associação de transportadores fluviais da cidade me ligou para dizer que pelo menos 10 ou 15 colombianos estavam em três lanchas e abordou um deles para reclamar",disse ele.
Yovera lamentou que a Marinha e a Polícia Nacional não tenham reagido rapidamente e chegado ao local 30 minutos após sua ligação.
"Se tivessem respondido imediatamente,teriam conseguido prender os responsáveis [...] Isso é uma provocação. Não saberia dizer se eram militares colombianos ou civis",acrescentou.
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Em meio a uma explosão de cores nas florestas do noroeste da Colômbia,surge uma coleção de 25 mil orquídeas,a “paixão” de Daniel Piedrahita — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Ali são cultivadas plantas exóticas e nativas,dadas de presente,compradas e até clonadas,em um esforço para salvar da extinção espécies ameaçadas — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Ele protege as espécies da desflorestação,a principal ameaça a estas e a muitas outras espécies vegetais e animais na Colômbia — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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O país é um dos que tem a maior biodiversidade do mundo e irá acolher a COP16 este ano — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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O hobby de Piedrahita é antigo,e ele encontrou terras férteis no país andino com o maior número de espécies de orquídeas e onde novas variedades são descobertas regularmente — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Alguns são de tamanho miniatura com pequenas manchas,outros com pétalas marcantes com bordas onduladas — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Cerca de 20 espécies da reserva estão ameaçadas,e o sonho é reintroduzi-las em seus locais de origem — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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O santuário também é um laboratório de multiplicação de orquídeas ameaçadas de extinção,como a Anguloa Brevilabris ou a Drácula Nosferatu,exclusiva da Colômbia — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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A clonagem consiste em polinizá-las para reproduzir um “clone puro” e,assim,obter uma cápsula de semente,que se tornará uma orquídea após um processo que pode durar anos — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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O próximo passo é clonar os colombianos antes que desapareçam — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Embora não se considere um fã em si,Garrett Chung,um jovem turista americano que veio com a família,ficou absorto ao entrar naquele “belo ambiente” — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Parte do passeio para visitantes inclui um que é particularmente especial para o floricultor: a Sobralia Piedrahitae,que leva seu sobrenome — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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odos os anos novas espécies aparecem no radar da Colômbia,como as oito descobertas em janeiro e batizadas em homenagem às mulheres colombianas — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Após décadas de estudo,milhares de flores e inúmeras horas de cultivo,Piedrahita tem um conceito claro. "Uma orquídea? Vou definir para vocês em uma só palavra: perfeição" — Foto: Reprodução/Alma del bosque
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Daniel Piedrahita protege espécies de desflorestação,principal ameaça a muitas espécies vegetais e animais
O El Comercio entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa,mas não obteve resposta.
Yovera também afirmou que a população do distrito de Santa Rosa de Loreto está ansiosa e profundamente preocupada com o aumento das tensões com a Colômbia. Ele acrescentou que a Ilha Chinería precisa de reforço de efetivo militar e novos planadores,já que os atuais não têm a velocidade necessária para uma intervenção.
"A Marinha deveria patrulhar a ilha,que não é grande,tem apenas 8 quilômetros de extensão,e essa patrulha deveria ser feita dia e noite [...] Nosso pedido é que reforcem a fronteira,que o Exército,a Marinha e a Polícia tenham equipamentos. Esperamos que isso não se agrave e que seja resolvido por meio do diálogo e da via diplomática",acrescentou.
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A bandeira colombiana foi removida por policiais nacionais e autoridades locais.
O prefeito provincial de Ramón Castilla (Loreto),Julio Kahn Noriega — que,após a promulgação da Lei nº 32.403 (que criou o distrito de Santa Rosa de Loreto),foi encarregado da administração da ilha — alertou que a atitude de Petro vem se intensificando com atos de provocação,o que "está preocupando a população".
Ao RPP Noticias,Kahn Noriega disse que a ilha não é pequena e que a bandeira colombiana foi colocada longe da comunidade.
"Não há população por perto,é uma área despovoada,e eles se aproveitaram disso para fincar esta bandeira ilegalmente. É um ato de provocação. Esperamos que o Itamaraty use meios diplomáticos para resolver [esta questão]",concluiu.