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Análise da sabatina O GLOBO, Extra, Valor e CBN: Tarcísio Motta demonstra coerência em alta, mas criatividade em baixa

2024-09-14 HaiPress

Sabatina com Tarcísio Motta,candidato do PSOL à Prefeitura do Rio — Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 14/09/2024 - 03:30

Tarcísio Motta: Postura Firme,Faltando Inovação

Em sabatina,Tarcísio Motta mantém postura firme,mas falta inovação. Recusa mudar posições para ganhar eleição e critica ex-aliados. Campanha carece de originalidade,com queda nas intenções de voto. Apesar disso,histórico mostra crescimento próximo às eleições. PSOL aposta em eleitores progressistas para alavancar resultado.

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Às vésperas do início do horário eleitoral na TV,Tarcísio Motta recebeu um recado inusitado: o ex-governador Sérgio Cabral gostaria de bater um papo com o deputado federal sobre as inserções que iriam ao ar a partir de 30 de agosto para dar pitacos nos programas. O candidato agradeceu aos emissários do antigo rival,recusou a ideia e seguiu trabalhando com uma equipe de comunicação experiente em campanhas da esquerda fluminense nos últimos anos.

Recortes do Datafolha: Marçal recua entre homens e mais velhos; Nunes avança entre eleitor com renda média'Oportunismo' de Paes,'medo' com Ramagem e associação de rivais a Crivella: A sabatina de Tarcísio Motta ao GLOBO,Extra,Valor e CBN

Sem entrar no mérito do que é certo ou errado,fato é que,ao contrário de Marcelo Freixo e Guilherme Boulos,as duas principais figuras de PT e PSOL em Rio e São Paulo,Tarcísio não está disposto a mudar atitudes e posicionamentos na terceira eleição majoritária que participa (em 2014 e 2018,o parlamentar candidatou-se ao Palácio Guanabara). Para a campanha a governador em 2022,Freixo deixou o PSOL,fechou com Renato Pereira,ex-marqueteiro de Cabral,e voltou atrás na sua crença sobre a legalização das drogas. Já o Boulos versão 2024 não chegou a tanto na metamorfose,mas também reviu opiniões em temas como maconha,aborto e Venezuela.

Ontem,na sabatina,Tarcísio deixou claro que se recusa a mexer na sua opinião sobre as drogas “para ganhar a eleição”. “Sou a favor da legalização porque isso significa fiscalizar e controlar”,reafirmou. A resposta expõe os dois anos da esquerda do Rio no divã: no fim das contas,Freixo fez o que fez e Cláudio Castro ganhou a eleição para governador de lavada no primeiro turno (58,67% dos votos válidos). No fim das contas,o Tarcísio coerente estava com 8% das intenções de voto em junho e recuou para 4% essa semana,segundo as pesquisas divulgadas pela Quaest.

Mais do que qualquer sacada criativa da campanha de Tarcísio até agora,o que virou notícia envolvendo o seu nome desde agosto foram as alfinetadas trocadas com Freixo,hoje apoiador de Eduardo Paes: “Ele virou um enigma para seus antigos companheiros. Seu apoio a Paes causa tristeza e decepção”,criticou Tarcísio. “A esquerda está unida em vários municípios. O dissidente não sou eu”,rebateu o presidente da Embratur,que hoje em dia não tem qualquer pudor de aparecer em fotos abraçado com o deputado federal Otoni de Paula,evangélico bolsonarista também apoiador do prefeito.

Tarcísio abriu a entrevista de ontem responsabilizando Paes pela campanha “fria” até o momento,se eximindo,portanto,de qualquer responsabilidade pela corrida eleitoral mais sem graça dos últimos tempos na cidade. Ao longo da década,as campanhas do PSOL no Rio ficaram marcadas por inflamar a militância. Seja a partir de jingles contagiantes como o “Vai ser desse jeito” de Freixo em 2016 com Caetano Veloso,Chico Buarque,Fernanda Abreu e outros artistas; ou com tiradas espertas em debates quando o termo “lacrada” ainda não existia. “Pezão,cadê o Amarildo?”,do próprio Tarcísio na Globo,em 2014,entrou para a História em referência ao morador da Rocinha assassinado por policiais.

Considerado simpático por políticos de diversas colorações partidárias,o deputado não tem a pecha de arrogante que Freixo carrega no mundo político. Mostra-se também preparado para falar de temas como educação,transportes e meio ambiente — embora escorregue na segurança pública,como ontem quando falava sobre construir casas populares em uma resposta sobre combate à violência. A campanha,contudo,carece de originalidade. Em dois debates até agora,o apelido dado ao direitista Rodrigo Amorim de Padre Kelmon,o candidato presidencial tumultuador de 2022,foi o mesmo criado por Boulos para Pablo Marçal em São Paulo.

A aposta do PSOL para o resultado final da campanha se apoia em uma premissa verdadeira. Nas duas tentativas de Tarcísio de chegar ao governo,seus índices de intenção de voto só subiram na véspera da votação. Em outubro de 2018,o deputado teve 10% dos votos nos 92 municípios fluminenses,e 15% na capital depois de passar o mês de setembro com 4% nas pesquisas. Outra conta anima o deputado: na corrida de 2020 que Paes venceu,a soma dos votos da delegada Martha Rocha,do PDT (11,3%),de Benedita da Silva,do PT (11,27%),e de Renata Souza,do PSOL (3,24%),ultrapassou 25%,tamanho estimado do eleitor dito progressista da cidade. A diferença é que há quatro anos Lula ainda estava inelegível e,desta vez,PT e PDT formam a coligação do prefeito.

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