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Suspeito de atentado contra judeus no Colorado planejou ataque por um ano, diz FBI

2025-06-03 IDOPRESS

Bandeira de Israel entre flores marca local de ataque a manifestantes pró-reféns ocorrido no Colorado,nos EUA; vários ficaram feridos,e ato foi classificado como terrorismo pelo FBI — Foto: Eli Imadali / AFP

Mohamed Sabry Soliman,suspeito do atentado a judeus que deixou 12 feridos com um lança-chamas improvisado no domingo em Boulder,no estado americano do Colorado,planejou a ação por ao menos um ano,disseram autoridades do FBI em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira. De acordo com os agentes,o homem de origem egípcia estava nos Estados Unidos com o status migratório irregular e planejava morrer no ataque.

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O atentado ocorreu no Pearl Street Mall,no centro de Boulder,durante uma caminhada organizada pelo grupo “Run for Their Lives” (“Corra pela vida deles”,em tradução livre),que promove atos semanais em memória dos reféns israelenses capturados pelo Hamas em 2023.

Um vídeo que se presume ser do ataque mostra um homem sem camisa,com garrafas transparentes nas mãos,caminhando enquanto a grama à sua frente está em chamas. É possível ouvi-lo dizer "Acabemos com os sionistas!",dirigindo-se a várias pessoas que prestavam socorro a alguém no chão. Em outro vídeo,um policial corre para prender o homem,que está deitado no gramado,enquanto várias pessoas se aglomeram nos arredores.

Soliman fez sua primeira aparição no tribunal nesta segunda-feira,vestindo uniforme laranja em uma chamada de vídeo diretamente da prisão.

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De acordo com o promotor Michael Dougherty,Soliman pode ser condenado a 384 anos de prisão estadual se receber a pena máxima pelas 16 acusações de tentativa de homicídio em primeira grau. As penas seriam aplicadas consecutivamente. Ele ainda é alvo de outras 2 acusações por uso de dispositivo incendiário,que podem chegar a 48 anos; 16 acusações de tentativa de uso de dispositivo incendiário,que somam 192 anos; além de prisão perpétua pela acusação federal por crime de ódio.

Durante a breve audiência,Soliman foi informado da proibição de entrar em contato com qualquer uma das vítimas do ataque. Ele deverá retornar ao tribunal na quinta-feira,quando as acusações estaduais serão formalizadas. Nesta segunda,ele não se declarou culpado ou inocente. O homem segue detido sob fiança de US$ 10 milhões (R$ 56,7 milhões,na cotação atual).

De acordo com o mandado de prisão emitido contra Soliman,ele usou apenas dois lança-chamas — improvisados com coquetel molotov — porque “ficou com medo e nunca tinha machucado ninguém antes”. Após o ataque,outros 16 dispositivos não utilizados foram recuperados pela polícia. O FBI disse que o homem optou pelo artefato depois de ter a compra de uma arma negada por estar em situação migratória irregular. Ele já havia feito curso de porte de arma e práticas de tiro.

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O documento aponta,ainda,que o homem "planejava morrer" no ataque — que,segundo ele,vinha planejando há um ano sem o conhecimento de ninguém. De acordo com a polícia,Soliman repetiu diversas vezes que queria estar moto. Ele disse que “teve que fazer isso” e que “nunca se perdoaria se não fizesse”,apontaram os agentes.

Embora o atentado pareça o ato de um "lobo solitário",as autoridades investigam se ele teve o apoio de outras pessoas.

— Se descobrirmos que outras pessoas sabiam do ataque ou ajudaram o autor,podem ter certeza de que iremos responsabilizá-las ao máximo pela lei — disse Mark Michalek,agente especial do FBI encarregado do caso,em coletiva de imprensa.

O suspeito,identificado como Mohamed Sabry Soliman,de 45 anos,é cidadão egípcio e entrou nos Estados Unidos com visto de não imigrante em 2022 — Foto: Reprodução / Redes sociais

Soliman nasceu no Egito,morou por 17 anos no Kuwait e até se mudar para o Colorado há três anos. Ele residia em Colorado Springs com sua esposa e cinco filhos. Após a prisão,sua esposa entregou seu celular às autoridades.

Segundo a polícia,a família do suspeito cooperou com o mandado de busca na noite de domingo. Até o momento,o FBI já realizou 44 entrevistas com testemunhas e executou mandados em veículos,propriedades e dispositivos digitais.

Apesar do FBI inicialmente afirmar que o ataque seria tratado como um ato terrorista,o Departamento de Justiça dos EUA apresentou apenas uma acusação de crime de ódio contra Soliman. Segundo a CNN americana,isso acontece porque os promotores ainda precisam provar uma ligação do suspeito com organizações terroristas estrangeiras — o que não foi identificado até agora.

Nos EUA,não há uma acusação federal específica para terrorismo doméstico. No entanto,é possível pedir um aumento de pena com base em tal acusação,mas somente após a condenação por outro crime. Segundo os registros judiciais,Soliman disse aos investigadores que “queria matar todos os sionistas”.

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