2025-05-30
IDOPRESS
Comércio na Saara,no Centro do Rio: IBGE vai revelar hoje números da economia no primeiro trimestre — Foto: Gabriel de Paiva /Agência O Globo/24-06-2024
GERADO EM: 29/05/2025 - 22:33
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Apesar da elevação dos juros básicos a 14,75% ao ano pelo Banco Central na tentativa de reconduzir a inflação à meta de 3% ao ano,a economia brasileira tem adiado a desaceleração anteriormente esperada pelos economistas.
Hoje,o IBGE divulga os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no 1º trimestre de 2025,um retrato do início do ano que analistas e investidores já esperam ter sido de maior aquecimento da economia que o esperado há pouco tempo.
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Com mais uma supersafra no campo,o mercado de trabalho aquecido,a renda nas máximas históricas e o crédito ainda em expansão,mesmo com juros em alta,economistas já estão revisando para cima suas projeções de crescimento econômico para o primeiro trimestre.
Que a agropecuária puxaria a economia no início de 2025 já era esperado,com clima favorável e um bom volume de chuvas desde outubro do ano passado afastando o risco de seca. Mas o freio no consumo deverá ficar mais para este segundo trimestre e,principalmente,para a segunda metade do ano,têm previsto os analistas.
Otimismo: BC vê impacto positivo de novo consignado privado em crescimento da economia
No início de 2024,já era esperada uma desaceleração,mas o crescimento foi se mostrando mais forte do que o esperado ao longo do ano. Apesar do arrefecimento no último trimestre,a economia cresceu 3,4% no ano passado. Isso parece estar acontecendo novamente no início de 2025.
Segundo economistas,a surpresa no primeiro trimestre deve vir,além do bom desempenho da agropecuária,do setor de serviços,que continuou forte e,por isso,tem sido o principal peso na inflação. A indústria,por sua vez,não arrefeceu tanto.
O impacto do tarifaço de Donald Trump nos EUA,com suas idas e vindas,não chegou a afetar as previsões sobre a economia brasileira.
Outro fator mencionado por economistas é o aumento das concessões de crédito,também apesar dos juros altos. Um destaque aí são os empréstimos consignados — aqueles que têm como garantia o salário ou benefício previdenciáro do tomador —,que receberam um impulso com o programa para trabalhadores do setor privado,lançado em março pelo governo federal.
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Apesar do otimismo,isso não significa que o freio da política monetária não vai aparecer. A desaceleração segue no radar,ainda que menos intensa. O Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento econômico em 2025 para 2,4%,ante os 2,3% de antes.
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