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Xamã lança novo álbum e sonha com voos mais altos no cinema: 'Queria muito trabalhar com o Karim Aïnouz e o Kleber Mendonça Filho'

2025-05-30 IDOPRESS

O rapper Xamã — Foto: Divulgação

RESUMO

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GERADO EM: 29/05/2025 - 19:46

Xamã Lança "Fragmentado" com Colaborações de Peso e Sonho Cinematográfico

O rapper carioca Xamã lança o álbum "Fragmentado",destacando parcerias com Adriana Calcanhotto e Criolo,enquanto sonha com uma carreira no cinema,desejando trabalhar com diretores renomados como Karim Aïnouz e Kleber Mendonça Filho. O álbum reflete sua trajetória e experiências,incluindo colaborações emocionantes e referências cinematográficas,além de sua estreia em novos projetos audiovisuais.

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Depois de “Bastardos inglórios” (de 2017,com os Cartel MCs),“O iluminado” (2019) e “Zodíaco” (2020),o rapper carioca Xamã,de 35 anos,chegou ao streaming na noite de quinta-feira (29) com o álbum “Fragmentado”. Mais uma vez,sua obsessão por cinema (agora,centrada no thriller de 2016 do diretor M. Night Shyamalan) foi útil na hora de batizar o resultado de seus impulsos musicais.

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— Fui pegando muitas músicas que eu tinha guardadas,às vezes underground,às vezes mais populares,às vezes mais reflexões... E aí,em 2023,pensei: “Nossa,tenho aqui um álbum muito esquisito,com muitas coisas do que fiz durante esse tempo.” Às vezes coisas com som político,sobre protesto,sobre raiva,sobre fúria,sobre rua... Muitas coisas sobre minhas referências cinematográficas,sobre a parte mais romântica... — ilustra ele. — E aí,quando vi o “Fragmentado”,resolvi trazê-lo para esse álbum. Precisava trazer tudo o que aprendi de 2020 para cá e criar um filme sobre esse tempo.

A experiência como camelô

Artista surgido para as massas em 2022,com o “Malvadão 3”,e que depois fez sucesso como o Damião da novela “Renascer” (2024),Xamã chega a “Fragmentado” com cartaz suficiente para ter,em seu disco,feats e parcerias muito especiais. A começar por Adriana Calcanhotto,com quem compôs e gravou o rap “Esquadros II”,continuação do hit da cantora,que ele ouvia com fascínio em 2009,quando ainda era camelô no calçadão de Campo Grande.

— Foi muito mágico,não consegui nem escrever naquele dia em que nos encontramos para compor. Adriana me explicou de como em 1992 ela tinha muitos compromissos e a rotina dela era de janelas: a janela do carro,a janela do hotel... — conta o rapper,que viveu algo parecido quando era camelô nos ônibus do Rio. — Em uma hora você tá na praia,tá na Avenida Brasil,daqui a pouco tá na favela,tá vendo os prédios... O ônibus é um museu em movimento. Tentei trazer a “Esquadros II” para o meu lado de rua. E,na rua,o nosso museu é o grafite.

Outro ídolo que Xamã levou para “Fragmentado” foi Milton Nascimento,que entra na forma de um sample de “Milagre dos Peixes” em “Poeta fora da lei”,faixa em que o rap é dividido com Criolo.

— Eu sabia que Milton morava no meu condomínio,mas não sabia em qual casa. Já estava produzindo o álbum e convidei o Criolo para escrevermos os versos para a faixa. Ficamos assim,naquele êxtase,até que ele falou: “Vamos mostrar para o Milton!” — conta. — Ele levou a gente na casa dele e o Milton pediu para fazer um churrasco para a gente,tivemos um momento muito da hora. A gente viu uns quatro Grammys em cima do piano. Eu fiquei olhando e falei: “Caralho,mano,o que é isso? O cara tem quatro Grammys e a gente olhando!” Aí o Milton falou: “Você vai conseguir um ainda,você vai ver!” (em novembro passado,Xamã ganhou um Grammy Latino de Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa).

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Mais sentimental,porém,foi “Sônia Aparecida”,uma vinheta com uma história de sua vida,contada pela mãe,cujo nome deu título à faixa:

— De todas as pessoas para quem eu falei assim: “Ó,eu vou fazer rap”,só quem me deu 100% de o.k. foi ela. E,quando contei,realmente aconteceu isso,a tampa do fogão realmente estourou,foi esquisito pra caramba! — recorda-se. — E ela conta essa história de uma maneira muito feliz,o que achei mais engraçado,porque isso é uma desgraça. Você está sem gás,estoura a tampa do fogão e fala que o filho vai fazer música!

Já a namorada,a atriz Sophie Charlotte,participa de “Flor de maio”,cantando uma interpolação de “Nuvem negra”,bela canção de Djavan,gravada por Gal Costa.

— Fiquei hipnotizado com “Nuvem negra”,passei quase uma hora vendo o mesmo vídeo,prestando atenção na letra,nas interpretações. E aí,depois disso,fiquei cantando ela por uma semana até que falei com a Sophie e ela: “Nossa,você não conhecia essa música,não?” — ri de si mesmo. — Achei bacana poder trazer ela para essa música,com essa música. Acho que eu nunca tinha estado tão perto de um outro artista que compõe,que escreve,que faz... A arte une! Eu e a Sophie,a gente gosta de música,a gente gosta de cinema,a gente conversa sobre as mesmas coisas... E a gente é do mesmo ano,1989.

Em breve,filme e série

Depois de tudo,Xamã reconhece estar vivendo um tempo no qual “o que era cinema para mim como utopia virou tipo uma realidade”. Este ano,volta às telas em “Cinco tipos de medo”,de Bruno Bini (ele é o traficante Sapinho e contracena com Bella Campos),e na série de TV da Netflix “O dono do jogo”,de Heitor Dhalia,uma ficção sobre jogo do bicho no Rio de Janeiro em que interpreta Búfalo,“um bicheiro safado,bicheirão”. Enquanto o “sonhador de locadora” pensa em trabalhar com Quentin Tarantino e Martin Scorsese,o brasileiro é mais objetivo:

— Queria muito trabalhar com o Karim (Aïnouz),com o Kleber (Mendonça Filho),com o Sérgio Machado... E,pô,quero fazer os meus filmes também! Quero aprender mais,quero ter mais horas de voo. O cinema me encanta de muitas formas,gosto de ver,gosto de estar,gosto de produzir,gosto de escrever... O cinema é diferente da música,ele depende de muitas pessoas ao mesmo tempo para que tenha uma linguagem universal.

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