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Defesa internacional de Bolsonaro e dobradinha com Trump: Eduardo se prepara para assumir comissão da Câmara

2025-03-13 IDOPRESS

Eduardo Bolsonaro em evento conservador nos Estados Unidos — Foto: reprodução / youtube CPAC

RESUMO

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GERADO EM: 12/03/2025 - 21:18

Eduardo Bolsonaro assumirá Comissão de Relações Exteriores da Câmara

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está prestes a assumir a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados,o que deve fortalecer a defesa internacional de seu pai,Jair Bolsonaro. A estratégia inclui estreitar laços com líderes como Donald Trump e Javier Milei. Eduardo busca se firmar como principal voz da oposição,especialmente em críticas a acordos bilaterais com a China,enquanto intensifica seus contatos no Oriente Médio e com a direita americana.

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A iminente indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a presidência da Comissão de Relações Exteriores (Creden) da Câmara deve impulsionar a defesa internacional do seu pai,o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),considerado pela Justiça Eleitoral inelegível,além de ser acusado no Supremo Tribunal Federal (STF) de liderar uma tentativa de golpe de Estado. Aliados do parlamentar asseguram que Eduardo deve usar o cargo para aproximar os laços com governantes estrangeiros,como Donald Trump e Javier Milei,de olho em posicionamentos públicos a favor do pai.

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Nas redes sociais,o deputado do PL vem tratando o regime do Brasil como um "Estado de Exceção" ou uma "tirania". Com a exposição do cargo,a ideia é também elevar o papel político de Eduardo como a principal voz da oposição em críticas a acordos bilaterais,como os firmados com a China em novembro,durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil.

No último ano,o filho do ex-presidente intensificou os trabalhos para se colocar como porta-voz da família no exterior,enquanto Bolsonaro está proibido de deixar o país e com o passaporte apreendido por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Neste período,Eduardo começou a fazer aulas do idioma árabe e passou a viajar com frequência para o Oriente Médio,onde se encontra com lideranças conservadoras e religiosas. Além de marcar presença na posse de Trump,ele também mantém contato com o argentino Javier Milei e o primeiro-ministro de Israel,Benjamin Netanyahu.

Por mais de uma vez,Eduardo foi aos Estados Unidos para caçar com o filho do presidente americano Donald Trump Jr. Para Bolsonaro,a indicação do filho possibilitará que a "dobradinha" ideológica com a direita americana siga viva.

O comando da comissão virou prioridade depois que governistas passaram a alegar que o parlamentar poderia usar o cargo para manter interlocução com o governo Trump e incentivar retaliações dos Estados Unidos ao Brasil e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O PT chegou a acionar a Corte e pedir a apreensão do passaporte de Eduardo por "atentar contra a soberania nacional". Bolsonaro nega que vá haver estímulo a ataques internacionais a ministros do Supremo.

— Há anos o Eduardo cultiva relações internacionais,especialmente com a família Trump. Neste cargo,na Creden,ele poderá ser oposição aos 37 acordos brasileiros firmados com a China. Esses acordos são absurdos. Os americanos não estão felizes com esses tratados e Eduardo ficará de olho nessas questões. Ele é um parlamentar que deve andar pelo mundo,sem medo algum de perder o passaporte. Ele é amigo do Trump. Isso não é problema,é solução. Problema seria se ele fosse amigo do (presidente venezuelano) Nicolás Maduro — afirmou o ex-presidente.

Outro integrante do PL,ouvido sob condição de reserva,concorda que a gestão de Eduardo Bolsonaro deve focar na vigilância ao governo Lula,principalmente em relação aos acordos bilaterais firmados pelo governo.

De acordo com o correligionário da família Bolsonaro,o parlamentar não deve instrumentalizar a comissão para ataques pessoais aos ministros do STF,já que isso poderia "respingar" no patriarca do clã.

Em relação aos acordos bilaterais firmados com a China,além de tratados agrícolas,foram assinados protocolos sobre cooperação em áreas como inteligência artificial,indústria,energia,mineração,finanças,comunicações,desenvolvimento sustentável,turismo,esportes,saúde e cultura.

Um dos acordos assinados foi com a empresa chinesa SpaceSail,concorrente da Starlink,do bilionário Elon Musk. A empresa chinesa está desenvolvendo um serviço de internet de alta velocidade por meio de um sistema de satélites de órbita baixa da Terra (LEO,na sigla em inglês). A Starlink é líder nessa tecnologia,que é vista como uma solução para conectar regiões de difícil acesso à infraestrutura de telecomunicações tradicional.

Na terça-feira,antes de participar de um jantar na casa da ministra Gleisi Hoffmann,o presidente da Câmara,Hugo Motta disse que não há o que fazer se o PL mantiver a indicação de Eduardo,mesmo sob pressão de outros partidos.

— Eu não acredito que haja razão para uma crise (para a nomeação de Eduardo Bolsonaro),até porque essa distribuição pelos partidos das comissões é uma coisa que já é conhecida por todos. É uma praxe regimental,não há muito o que o presidente fazer,o que outros partidos fazerem. Isso se dá pelo tamanho de cada bancada,não tem nenhuma novidade nisso,não há como interferir,não há como mudar — disse.

O PL tem a maior bancada da Câmara,com 99 deputados,e será aquinhoado com as duas primeiras escolhas por colegiados.

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