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Trump diz que tarifas sobre o México e o Canadá ‘podem aumentar’ e evita falar sobre recessão nos EUA

2025-03-10 IDOPRESS

Trump ameaça impor novas tarifas sobre mais produtos canadenses — Foto: Bloomberg

RESUMO

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GERADO EM: 09/03/2025 - 15:05

Trump Alerta para Possível Aumento de Tarifas sobre Canadá e México

O presidente dos EUA,Donald Trump,afirmou que as tarifas sobre produtos do Canadá e México,previstas para abril,podem aumentar. Em entrevista,evitou previsões sobre uma recessão nos EUA,afirmando que o país vive uma fase de transição para trazer riqueza de volta. As tarifas planejadas geram incerteza nos mercados e nos consumidores,com potencial de impactar a economia americana.

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O presidente dos Estados Unidos,disse que as tarifas planejadas para alguns produtos do Canadá e do México,previstas para 2 de abril,podem ser aumentadas. O presidente também evitou fazer previsões sobre uma possível recessão nos Estados Unidos este ano.

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Em entrevista à Fox News,Trump explicou que o adiamento de um mês das tarifas recíprocas foi apenas uma "pequena pausa". As tarifas de 25% foram inicialmente anunciadas em fevereiro,mas tiveram a aplicação adiada várias vezes,incluindo produtos do USMCA (acordo comercial entre Estados Unidos,México e Canadá),até que a nova data foi definida para abril.

Trump ressaltou que essa é uma fase de transição e garantiu às montadoras que a extensão da pausa nas tarifas foi uma exceção.

“É uma transição para abril e depois disso,não farei isso. Eu disse (às montadoras): 'Olha,vou fazer isso uma vez'”,disse Trump.

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O presidente dos EUA também não quis arriscar previsões sobre uma possível recessão na economia americana. Questionado pela Fox News,ele afirmou que "detesta prever coisas assim" e ressaltou que o país está em um período de transição,trazendo riqueza de volta,mas que isso leva tempo.

"Detesto prever coisas como essas",disse ele à Fox News,que lhe perguntou diretamente sobre uma possível recessão na economia dos Estados Unidos em 2025.

"Há um período de transição,porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo a riqueza de volta para os Estados Unidos",afirmou. "Toma um pouco de tempo",acrescentou o presidente republicano.

Já o secretário de Comércio de Trump,Howard Lutnick,foi mais enfático quando lhe perguntaram no domingo sobre a possibilidade de uma contração econômica.

"Absolutamente não",respondeu Lutnick ao programa "Meet the Press",da rede NBC,quando lhe perguntaram se os americanos deveriam esperar uma recessão.

Lutnick falou também sobre as tarifas para o aço e o alumínio importados,previstas para entrar em vigor no próximo dia 12. O secretário confirmou a data e disse não acreditar que Trump volte atrás. As siderúrgicas americanas já fizeram um apelo para que não haja isenções às sobretaxas.

O aumento de tarifas e as ameaças de sobretaxas comerciais de Trump contra os vizinhos Canadá e México,além da China e outros países,mergulharam os mercados financeiros dos EUA em uma tempestade e geraram incerteza nos consumidores. Wall Street teve sua pior semana de mercado de ações desde a eleição presidencial do ano passado.

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Os indicadores de confiança dos consumidores americanos na economia do país caem,enquanto os compradores,já desanimados após anos de inflação,se perguntam se as tarifas aumentarão os preços do que compram.

Além disso,os cortes de empregos no setor público lançados pela administração Trump com a ajuda de seu assessor bilionário,Elon Musk,geram ainda mais preocupação.

Um índice da filial do Federal Reserve (Fed,banco central) de Atlanta,um indicador muito seguido por economistas,prevê uma contração do PIB de 2,4% no primeiro trimestre em termos anuais,o que seria o pior resultado desde o pico da pandemia de covid-19.

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Boa parte da incerteza vem das idas e vindas de Trump sobre as tarifas: mudanças nas datas para sua entrada em vigor,diferentes setores afetados... E as empresas e investidores tentam entender como seguirá sua estratégia.

Os economistas do Goldman Sachs aumentaram sua expectativa de recessão nos próximos 12 meses de 15% para 20%,devido às políticas de Trump.

Já o Morgan Stanley prevê "um crescimento mais lento este ano" do que o esperado anteriormente.

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