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Israel e Hamas concordam com troca de prisioneiros palestinos por corpos de quatro reféns em Gaza

2025-02-26 IDOPRESS

Pessoas com cartazes dos quatro reféns cujos restos mortais foram entregues pelo Hamas,durante protesto em Tel Aviv — Foto: Jack GUEZ / AFP

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GERADO EM: 25/02/2025 - 21:07

"Troca de prisioneiros entre Israel e Hamas em Gaza: impasse e mediação egípcia"

Israel e Hamas concordam com a troca de prisioneiros palestinos por corpos de reféns em Gaza,parte do acordo de cessar-fogo. O impasse e a controvérsia envolvendo a troca são resolvidos,com mediação egípcia. Atrasos e acusações entre as partes ameaçam a trégua. Questões humanitárias e políticas complicam a situação,mas o acordo segue em frente.

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Após um impasse,autoridades de Israel e do Hamas afirmaram que alcançaram um acordo para trocar todos os 602 prisioneiros palestinos que deveriam ser libertados na semana passada pelos restos mortais de quatro reféns israelenses. O grupo terrorista palestino confirmou o acordo em uma mensagem no Telegram,destacando que está enquadrado na primeira fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Segundo autoridades israelenses,a troca será feita na quarta-feira,mediada pelo Egito.

Contexto: Impasse sobre corpo de refém Shiri Bibas eleva risco para cessar-fogo em Gaza,cuja 1ª fase termina em uma semanaNo fim de semana: Hamas liberta seis reféns neste sábado,último grupo de cativos vivos durante primeira fase do acordo de cessar-fogo

"Um acordo foi alcançado para resolver a questão da liberação tardia de prisioneiros palestinos que deveriam ter sido liberados no último lote",disse o Hamas em uma declaração. "Eles serão liberados simultaneamente com os corpos dos prisioneiros israelenses acordados para transferência durante a primeira fase,por um número equivalente de mulheres e crianças palestinas."

No domingo,o Hamas acusou Israel de colocar em risco a trégua de cinco semanas em Gaza ao atrasar a libertação de prisioneiros palestinos. O Estado judeu justificou o atraso citando a maneira como o Hamas lidou com a entrega de 25 reféns desde o início do cessar-fogo,com militantes mascarados escoltando-os até locais decorados com slogans do Hamas.

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Por sua vez,o primeiro-ministro israelense,Benjamin Netanyahu,denunciou esses métodos como "cerimônias humilhantes".

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha,que atua como elo entre o Hamas e as autoridades israelenses nessas trocas,pediu que essas liberações sejam realizadas "de maneira digna e privada".

Na semana passada,o retorno dos corpos de quatro reféns,incluindo duas crianças pequenas,gerou polêmica porque o Hamas exibiu seus caixões ao lado de imagens retocadas de Netanyahu com dentes de vampiro.

O caso se tornou mais grave depois que uma análise forense revelou que o suposto corpo da mãe das crianças,uma israelense de origem argentina,Shiri Bibas,não correspondia a nenhum refém israelense.

Cartazes com retratos dos reféns israelenses Shiri Bibas e seus dois filhos Ariel e Kfir; Os seus corpos foram entregues hoje pelo Hamas — Foto: AFP

O Hamas reconheceu um possível erro e liberou o corpo da mulher um dia depois,que será enterrado na quarta-feira ao lado dos filhos dela,Ariel e Kfir,que tinham quatro anos e oito meses e meio na época do sequestro. Após a controvérsia,o Hamas libertou seis reféns israelenses no sábado,mas o Israel adiou a libertação dos 600 prisioneiros palestinos correspondentes à sétima troca desta trégua.

A primeira fase do acordo previa a libertação de 33 reféns até ao início de março,incluindo oito reféns dados como mortos,em troca de cerca de 1.900 palestinos detidos em prisões em Israel.

Das 251 pessoas feitas reféns durante o ataque de outubro de 2023,62 ainda estão em Gaza,incluindo 35 que o Exército israelense diz estarem mortas. O ataque do Hamas resultou na morte de 1.215 pessoas,a maioria civis,de acordo com uma contagem da AFP dos números oficiais israelenses.

A campanha de retaliação de Israel matou pelo menos 48.319 pessoas em Gaza,a maioria delas civis,de acordo com dados do Ministério da Saúde do território administrado pelo Hamas que as Nações Unidas consideram confiáveis.

Com AFP.

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