Depois de ter um problema técnico resolvido,caminhão-pipa jorra água em foliões do Fogo e Paixão — Foto: Fabiano Rocha

RESUMO

GERADO EM: 23/02/2025 - 21:55

Carnaval no Rio: Blocos e Ensaios Movimentam a Cidade

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Você deve ter notado: nos últimos três dias,a cidade foi atravessada por 98 blocos que reuniram cerca de 350 mil pessoas. Foram 11 cortejos na sexta-feira,52 no sábado e 35 no domingo,segundo a Riotur. A conta não inclui a turma empolgada que ocupou arquibancadas,frisas e camarotes do Sambódromo,ao longo desses mesmos três dias,nos ensaios de som e luz das 12 escolas que vão desfilar no Grupo Especial a partir do próximo domingo. É isso mesmo: oficialmente,o carnaval ainda vai começar.

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Água é fundamental

A coisa ontem ficou mesmo quente quando,às 10h,quem apareceu no bloco Fogo e Paixão,no Largo de São Francisco,no Centro da cidade,ainda aguardava,debaixo do sol,a água que estava programada para começar a jorrar da mangueira de um caminhão-pipa uma hora antes. Um problema de bateria atrasou os planos. Com a chegada de uma peça nova,e a presença de um segurança (Quem lembra do MacGyver?) que conseguiu instalá-la usando um alicate de unha,as águas passaram a rolar às 10h30,para a felicidade de 40 mil foliões.

Domingo,no último dos três ensaios de som e luz das principais escolas do carnaval carioca,os trabalhos foram abertos com o belo ritual da Lavagem da Sapucaí,promovida por baianas de todas as agremiações,com direito a água de cheiro para perfumar uma celebração que une fé,cultura,e a alma da festa popular. Na véspera,no sábado,um momento único foi a chegada de Milton Nascimento para o ensaio da Portela,que fez de vida e obra do cantor seu enredo para 2025. A presença do homenageado levou muita gente às lágrimas.

Rio e São Paulo nas ruas

Com fantasias no Rio e em São Paulo,a participação do Brasil na premiação do Oscar — que acontece no domingo de carnaval —foi lembrada. O bloco paulistano Acadêmicos do Baixo Augusta desfilou ontem,na Consolação,com o escritor Marcelo Rubens Paiva mais uma vez no papel de porta-estandarte. Ele é o autor do livro homônimo que inspira o filme “Ainda estou aqui”,com três indicações ao prêmio. No início do cortejo,uma pessoa arremessou uma mochila contra o escritor. Em nota,o Acadêmicos do Baixo Augusta informou que “lamenta o ocorrido no início do bloco”,e ressaltou: “Foi um susto,uma violência nunca vista. O triste ocorrido não apagou o brilho da homenagem”.