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Burocracias em guerra

2025-02-18 HaiPress

Os presidentes dos EUA,Donald Trump,e da China,Xi Jinping,numa reunião de cúpula em Pequim em 2017. Rivalidade crescente entre os paísesNYT - 09/11/2017 — Foto: NYT

RESUMO

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GERADO EM: 17/02/2025 - 19:07

Desafios de Líderes Centralizadores: Importância da Transparência Institucional

Líderes centralizadores como Xi,Putin e Trump desafiam instituições,levando a decisões equivocadas. O enfraquecimento das burocracias pode resultar em más escolhas,demonstrando a importância de manter a transparência e capacidade das instituições. O livro "Burocracias em guerra" destaca a competição entre burocracias como algo positivo,enquanto erros podem levar a crises,especialmente quando o interesse pessoal dos líderes prevalece sobre informações precisas.

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Xi Jinping,Vladimir Putin,Donald Trump. Na figura de presidentes todo-poderosos,China,Rússia e agora também os Estados Unidos têm contribuído para o retorno fulminante de uma antiga ideia,a de que um fator determinante no rumo de eventos históricos é a personalidade dos líderes políticos. “Há um novo xerife na cidade”,disparou o vice americano JD Vance,no discurso que chocou a Europa na última sexta em Munique.

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Donald Trump nunca escondeu a atração por líderes de inclinação autoritária. Em seu primeiro governo,foi mais amigável com governantes dessa vertente — Xi,Putin,o húngaro Viktor Orbán,o turco Recep Tayyip Erdogan — do que os de democracias aliadas como a alemã Angela Merkel. Em seu livro de memórias,Merkel diz que o primeiro erro que cometeu com Trump foi achar que lidava com alguém “normal”. A frustração da ex-chanceler foi tamanha que ela foi pedir conselhos ao Papa Francisco. “Dobre,dobre,mas tenha o cuidado de não quebrar”,teria respondido o Pontífice.

Ao chacoalhar de modo incessante o tabuleiro político,Trump submete diversas instituições americanas e internacionais a um teste de estresse,aparentemente sem dar muita bola para o risco de ruptura. O que importa é chegar na frente. Para ele,diagnosticou Merkel,“todos os países estão em competição,o sucesso de um é o fracasso de outro”. Mas o abalo da base institucional pode levar a más decisões. É o que demonstra em seu novo livro o cientista político Tyler Jost,da Universidade Brown,nos EUA.

Sem menosprezar o papel dos líderes,Jost argumenta que seu entorno também é determinante. O enfraquecimento das instituições promovido por governantes centralizadores definha o processo de coleta e transmissão de informações,facilitando erros que podem levar a catástrofes. Em resumo,más informações levam a más decisões. Em “Burocracias em guerra”,Jost examina 17 decisões em quatro países — EUA,Índia e Paquistão — para mostrar a importância de preservar a capacidade das instituições de dizer a verdade aos líderes,doa a quem doer.

Quando os erros acontecem,como na escalada da guerra no Vietnã determinada pelo então presidente americano Lyndon Johnson em 1962,ou na invasão do mesmo Vietnã pela China por decisão de Deng Xiaoping,em 1979,com frequência é porque as instituições estavam divididas para se comunicar e fornecer aos líderes um cenário fiel à realidade. Ao contrário dos conflitos gerados pelos erros,a “guerra” entre as burocracias que dá título ao livro é algo essencialmente positivo,diz Jost: uma competição que gera transparência.

No governo Trump e em outros governos de direita como o de Javier Milei na Argentina,a guerra é contra a burocracia como agente do “Estado profundo”,o inimigo imaginário número um. O processo lembra a luta contra a corrupção deflagrada por Xi Jinping na China,que tirou de cena seus principais rivais políticos.

Em seu livro,Jost identifica um problema comum nas escolhas equivocadas criadas pelo vácuo institucional,além da escassez de informação precisa: em muitos casos,o que move as decisões é somente o interesse dos mandatários em permanecer no cargo. Quando o que está em jogo é a sobrevivência política,aumenta a propensão a erros de cálculo que se transformam em crises. Aí é que mora o perigo.

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