2025-01-22 HaiPress
Funcionária colhe amostra de petróleo no navio-plataforma P-71,da Petrobras — Foto: Marcia Foletto
GERADO EM: 21/01/2025 - 19:27
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Com o salto nas exportações de petróleo,na esteira do desenvolvimento da produção do pré-sal,o Rio foi,pelo segundo ano seguido,o campeão,entre os estados,nas exportações brasileiras para a China.
No passado,17% das exportações para o maior parceiro comercial do país saíram do Rio,e quase tudo foi petróleo. A matéria-prima respondeu por 96% das vendas de produtos fluminenses para a China. Em segundo lugar,ficou Minas Gerais,com 16% das exportações totais.
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Os dados são do relatório do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC),elaborado com base nas estatísticas da balança comercial do ano passado.
Em 2024,as vendas de petróleo do Brasil para o exterior aumentaram 5,2%,e a China foi o principal destino. O mercado chinês ficou com 45% das exportações brasileiras. Como a produção nacional de petróleo é concentrada no Rio,o estado se torna o maior exportador para a China.
Os três produtos mais vendidos pelo Brasil ao gigante asiático são soja,petróleo e minério de ferro. Se a produção da indústria petrolífera é concentrada no Rio,a de minério de ferro se divide entre Minas e o Pará. Por isso,numa série histórica iniciada em 2005,elaborada pelo CEBC,Minas,Pará e Rio se alternam no posto de maior estado exportador para a segunda maior economia do mundo.
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O levantamento foi feito a partir dos dados de origem da produção,não de embarque. No caso da soja,Mato Grosso é o maior produtor nacional,mas a produção não é tão concentrada em um só estado quanto as de petróleo e minério. Em 2024,Mato Grosso foi o quarto maior vendedor para a China,com 10% do total.
– Considerando o comércio do Brasil como um todo para a China,tivemos um aumento no faturamento das vendas de petróleo,de 1%,mas uma queda de quase 20% no faturamento das vendas de soja,bem acentuada. Essa queda brusca da soja foi um fator tão preponderante quanto o aumento das vendas de petróleo para a China e para o ganho de participação do produto na pauta – disse Tulio Cariello,diretor de Conteúdo e Pesquisa do CEBC.
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