2025-01-22 HaiPress
Terreno da União para o Hospital Cardoso Fontes era explorado pela milícia — Foto: Fabiano Rocha/ O GLOBO
GERADO EM: 21/01/2025 - 18:39
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Um terreno pertencente ao Hospital Federal Cardoso Fontes,em Jacarepaguá,na Zona Oeste do Rio,estava sob controle de uma milícia que cobrava taxas de funcionários e pacientes. Segundo o secretário municipal de Saúde,Daniel Soranz,o caso já havia sido denunciado à Polícia Civil,com registros de queixas feitas pelo próprio hospital,mas nenhuma providência havia sido tomada. Segundo testemunhas,os valores cobrados pelo grupo criminoso variavam entre R$ 50 e R$ 150.
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O espaço,localizado em frente à unidade,na Estrada Grajaú-Jacarepaguá,foi retomado pela prefeitura do Rio após a municipalização do hospital em dezembro e está passando por obras. A previsão é que,após a reforma,o local seja transformado em um estacionamento gratuito para atender pacientes e trabalhadores do hospital.
Terreno,agora sob controle da prefeitura,será estacionamento para pacientes e funcionários — Foto: Fabiano Rocha/ O GLOBO
— É um terreno público federal,então,estamos devolvendo esse espaço aos pacientes e funcionários. Não faz o menor sentido que pessoas ilegais administrem isso. Abrimos um processo de apuração para entender o que aconteceu,e a Polícia Civil e a Polícia Federal serão envolvidas para analisar o caso. Por anos,esse local foi dominado por um poder paralelo. Com a visita do vice-prefeito,ficou claro que isso não voltará a ocorrer. A subprefeitura já está atuando no local,e as obras estão em andamento para devolver esse espaço à população — afirmou Soranz.
Um inquérito foi aberto pelas polícias Civil e Federal para investigar os integrantes da milícia que atuavam na região.
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A reintegração do espaço,segundo Soranz,faz parte do plano de reestruturação do Cardoso Fontes,iniciado com o processo de municipalização,que inclui melhorias em toda a unidade e medidas para assegurar a integridade do patrimônio público. Atualmente,o hospital opera em condições precárias,com 50 leitos fechados por falta de médicos e estrutura,além de carências em várias especialidades como pediatria,cardiologia e clínica médica. A capacidade total da unidade é de 182 leitos; a meta é expandir esse número para 250.
Um novo prédio,de acordo com o secretário,está sendo construído para abrigar a emergência,que atualmente funciona no primeiro andar do hospital. A previsão inicial era de que fosse entregue em fevereiro,mas acabou adiado para 1º de março,devido a atrasos no cronograma de obras. Estão sendo investidos R$ 210 milhões na reestruturação do hospital,que inclui a contratação de 600 funcionários,para atender à demanda crescente.