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Trump aproxima o Brasil da China

2025-01-21 IDOPRESS

O presidente Lula recebe o líder chinês,Xi Jinping,em Brasília — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 20/01/2025 - 23:21

"Brasil busca reaproximação estratégica com China diante de incerteza Trump"

A nova equipe de Trump gera perplexidade na China com abordagens pragmáticas e ideológicas sobre a relação com o país. O Brasil pode se aproximar da China devido à postura hostil de figuras como Marco Rubio. Trump busca poder,não estabilidade global,tornando o cenário incerto. A reaproximação Brasil-China é estratégica diante da imprevisibilidade de Trump.

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Quando Donald Trump foi eleito presidente pela primeira vez,em 2016,uma alta figura do Ministério do Comércio chinês convidou para uma conversa o então embaixador do Brasil em Pequim,Marcos Caramuru. Foi um acontecimento incomum: ao contrário do que ocorre no Brasil,onde o embaixador da China circula com facilidade pelos três Poderes,em Pequim raramente um diplomata estrangeiro obtém acesso ao escalão superior.

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Situações excepcionais exigem atitudes atípicas. Diante de um presidente americano errático e imprevisível,o governo chinês estava atônito e buscou a opinião de profissionais como o embaixador brasileiro,por sua longa experiência na diplomacia e nos negócios. O clima em Pequim era de “perplexidade geral”,relembra Caramuru,que viveu 16 anos na Ásia,12 deles na China,e mantém um olhar apurado sobre o país — hoje como consultor.

A nova equipe presidencial americana tem personalidades que sugerem dois caminhos para lidar com a China: o pragmático e o ideológico. O primeiro é personificado por Elon Musk,o homem mais rico do planeta. Musk deve boa parte de sua fortuna à China,onde está metade da produção e um terço das vendas de seu produto mais famoso,o carro elétrico da Tesla. Já a vertente ideológica é encabeçada pelo secretário de Estado,Marco Rubio,que vê na China“o adversário mais perigoso” que os EUA já enfrentaram.

Não significa que uma das linhas vire o enredo principal do show de Trump. É provável que o presidente use ambas como cartas de negociação. Para Trump,o que importa não é a estabilidade do mundo,mas o aumento do poder americano. O que torna o momento particularmente inconstante é que as duas maiores economias do mundo vivem um “processo de incerteza”,observa Caramuru,por motivos opostos: os EUA,por terem uma nova estratégia; a China,por tentar “mais do mesmo” para retomar seu vigor. Nos dois casos,“pode dar certo ou não”,diz o embaixador.

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Além de Rubio,um outro falcão de origem cubana conhecido pela postura hostil à China deve amolar o Brasil e outros governos da região próximos de Pequim. Nomeado enviado especial para a América Latina,Mauricio Claver-Carone tem a missão de “restaurar a ordem” na região,conforme determinação de Trump. Sem canal de diálogo com o governo americano,a alternativa do Brasil é aproximar-se ainda mais da China,prevê Caramuru. Se a intenção declarada do Itamaraty é manter uma relação de equilíbrio com Washington e Pequim,faltou um aceno estratégico a Trump.

Em Pequim,hoje não há a perplexidade de 2016. Mas a segunda temporada de Trump na Casa Branca não deixa de causar apreensão. Além de continuar imprevisível,o presidente volta à cena mais poderoso e determinado a deixar sua marca. A ansiedade é amplificada pelos sinais trocados emitidos pelo novo governo.

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Por um lado,há o choque inevitável com a China pressentido por Rubio. Mas há quem ressalte um outro lado: o foco de Trump é em negócios,não em compromissos ideológicos,o que torna menos provável um confronto destrutivo. Essa é a aposta de Yan Xuetong,um dos mais influentes especialistas em política externa da China. Afinal,Trump jamais demonstrou apreço pelos princípios da democracia,pelo contrário: seu impulso geralmente é o de atentar contra eles,e reverenciar líderes autocratas.

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