2024-12-27 IDOPRESS
A agente de saúde Juliana Rangel,baleada na cabeça em abordagem da PRF em rodovia do Rio — Foto: Reprodução redes sociais
O inquérito da Polícia Federal que investiga o episódio em que a agente de saúde Juliana Leite Rangel,de 26 anos,foi baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) quando estava indo passar o Natal na casa de parentes em Niterói,deve demorar pelo menos um mês para ser concluído. A jovem,que foi atingida na cabeça,está internada em estado gravíssimo.
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De acordo com investigadores envolvidos nos trabalhos,esse é o tempo necessário para que sejam concluídas as perícias solicitadas pelos investigadores,e que vão avaliar desde o carro onde a moça estava com a família até as armas usadas pelos policiais rodoviários federais naquele dia.
Só depois de concluídas as perícias e os laudos o inquérito poderá ser relatado,o que deve acontecer entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
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A família de Juliana havia deixado Belford Roxo,na Baixada Fluminense,para ir à casa de parentes em Niterói. Pouco antes das 21h,na Rodovia Washington Luis (BR-040),na altura de Duque de Caxias,o carro foi alvo de tiros disparados por agentes da PRF,que o perseguiam.
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Segundo informou o apresentador César Tralli,na Globonews,a PF já ouviu os depoimentos dos policiais,que admitiram ter atirado,mas disseram que o fizeram porque ouviram disparos quando se aproximaram do carro e deduziram que vinham do veículo. Os próprios agentes – dois homens e uma mulher – disseram ter percebido em seguida que se enganaram.
Uma das perícias visa justamente comprovar que não havia nem armas de fogo e nem munições no carro da família de Juliana,o que já foi constatado no momento do episódio.
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Outro laudo servirá para identificar a origem das balas que atingiram a moça. Os policiais envolvidos na ocorrência usavam dois fuzis e uma pistola automática.
Haverá ainda um laudo sobre as condições no local do acidente e ainda foram pedidas as imagens da rodovia.
Uma das circunstâncias que precisam ser apuradas é se de fato houve uma outra situação pouco antes naquela mesma estrada,em que outra equipe da PRF foi atacada a tiros quando auxiliava pessoas que estavam com o carro quebrado no acostamento.
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De acordo com os policiais,um carro teria passado atirando,todos se jogaram no chão,mas ninguém se feriu.
Esse antecedente foi citado pelos agentes como um dos fatores que os fizeram pensar que os tiros poderiam ter partido do carro onde Juliana estava com o pai,a mãe e o irmão.
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As evidências colhidas até agora,porém,indicam que esse foi mais um episódio em que a polícia atira primeiro e só confere depois contra quem disparou.