2024-11-27 HaiPress
O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ministro Walter Braga Netto — Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/01-10-2021
GERADO EM: 26/11/2024 - 20:26
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Em relatório final apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF),a Polícia Federal (PF) lista as ações atribuídas às 37 pessoas que foram indiciadas pela suspeita de golpe de Estado,abolição violenta de Estado de Direito e organização criminosa. A maioria deles nega as acusações.
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Essas ações incluem tentativas de convencer os comandantes das Forças Armadas a aderirem ao golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,a divulgação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas e também um plano de assassinato de Lula,do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes,do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),seus ex-ministro Anderson Torres (Justiça),Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional),Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa),entre outros.
Integrante do núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado e difundir ataques,especialmente ao general Freire Gomes,então comandante do Exército,e ao tenente-brigadeiro do ar Baptista Junior,comandante da Aeronáutica
Coronel foi um dos responsáveis pela “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”,parte da estratégia para insuflar a ofensiva golpista e pressionar militares que se opunham ao golpe.
Então chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin),assessorou Bolsonaro com estratégias de ataques a instituições,como o STF,e às urnas eletrônicas,com o auxílio de outros integrantes da Abin. De acordo com a PF,determinou a produção de “relatórios ilícitos”
À frente da Marinha,“anuiu” com a tentativa de golpe de Estado e disponibilizou tropas para Bolsonaro,segundo a PF. Depoimentos e mensagens,de acordo com a investigação,mostram que ele concordou com a proposta de minuta golpista.
O advogado integrava o “núcleo jurídico” a atuou ao lado de outros indiciados na redação de uma minuta que abriria caminho para o golpe.
Segundo a PF,o então ministro da Justiça integrou dois núcleos: o jurídico e o de desinformação. Atuou para disseminar ataques ao sistema eleitoral e na confecção da minuta golpista,assessorando Bolsonaro na ofensiva golpista
O coronel atuou na elaboração da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”,parte da estratégia para insuflar a ofensiva golpista e pressionar militares que se opunham ao golpe.
O major da reserva atuou na produção de relatórios para atacar a credibilidade das urnas eletrônicas,o que ajudou a embasar o documento apresentado pelo PL ao Tribunal Superior Eleitoral.
O então ministro do GSI participou de reuniões “estratégicas”,segundo a PF,para atacar as urnas e fomentar o golpe. A investigação encontrou documentos com esse teor na casa do general. A investigação aponta que ele atuou para engajar membros no governo a disseminar teorias sobre fraude no sistema eleitoral. Um documento apreendido mostra que ele chefiar o gabinete que seria implantado após o golpe.
O coronel articulou uma reunião que teve como objetivo executar ações para pressionar os comandantes das Forças a embarcarem na tentativa de golpe. Também divulgou ataques contra os militares que resistiam à ofensiva e ajudou a divulgar a carta que pressionava a cúpula militar.
Representante do Instituto Voto Legal (IVL) atuou para disseminar “teses e indícios” de fraudes nas urnas.
O coronel também atuou na elaboração da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”,parte da estratégia para insuflar a ofensiva golpista e pressionar militares que se opunham ao golpe.
O coronel participou de uma reunião que teve o intuito de elaborar estratégias para o golpe,pressionando os comandantes militares
O general estava à frente do Comando de Operações Terrestres e,“anuiu” com a tentativa de golpe. Ele teve acesso à minuta golpista e disse que cumpriria a ordem,se o decreto fosse assinado. A participação dele era considerada estratégica por comandar uma unidade que tem a maior tropa do Exército
O coronel atuava no centro de inteligência do Exército e participou de uma reunião em novembro para planejar o golpe. Depois do encontro,foi divulgada a “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”,parte da estratégia para insuflar a ofensiva golpista e pressionar militares que se opunham ao golpe.
Assessor da Presidência no período da trama golpista,fez a interlocução com o mundo jurídico para a elaboração de documentos que pudessem embasar o golpe. Segundo a PF,levou a Bolsonaro uma minuta que depois foi apresentada por ele à cúpula militar e a Paulo Sérgio Nogueira,que era ministro da Defesa. Também integraria o gabinete de crise que seria formado após o golpe.
Fez uma live em que disseminou teorias conspiratórias e informações falsas sobre as urnas eletrônicas. A transmissão,assim como documentos produzidos por ele,foram usados por auxiliares de Bolsonaro com o intuito de atacar o sistema eleitoral.
Subtenente do Exército,estava cedido à Abin e atuou ao lado de Ramagem para criar informações falsas sobre ministros do STF com o objetivo de minar a credibilidade das urnas. Divulgava as informações em um grupo de mensagens chamado “grupo dos malucos”,entre outros meios.
O tenente-coronel atuou para driblar a ordem judicial de bloqueio do conteúdo falso sobre urnas produzido por Fernando Cerimedo. De acordo com a PF,usou conhecimentos em “operações psicoloógicas” para manter “coesas as manifestações antidemocráticas”.
O tenente-coronel agiu para espalhar fake news sobre urnas com objetivo de insuflar a tentativa de golpe. Segundo a PF,tentou obter,inclusive com hackers,informações que pudessem colocar em descrédito o resultado da eleição presidencial de 2022. Também realizou ações de monitoramento de Lula,então presidente eleito,e do ministro do STF Alexandre de Moraes
A PF afirma que o ex-presidente “planejou,atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios” feitos pela organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado.
Padre da Diocese de Osasco (SP) ajudou na elaboração de uma minuta golpista que foi apresentada a Bolsonaro. Esteve no Palácio da Alvorada e no comitê de campanha do ex-presidente.
Coronel da reserva,enviou mensagens diretamente ao então comandante do Exército,Marco Antônio Freire Gomes,pressionado pela adesão ao golpe. “Ou você toma uma decisão ou pede para sair”,disse em um dos textos.
Policial federal que foi cedido à Agência Brasileira de Inteligência (Abin),atuou para divulgar informações falsas sobre os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux,do Supremo Tribunal Federal. Depois,foi cedido à Presidência,e em dezembro de 2022 demonstrou expectativa sobre a assinatura de um “decreto” por Bolsonaro.
Assessor de Bolsonaro,passou informação a Mauro Cid sobre o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes. Em mensagem,demonstrou ter conhecimento da chamada “minuta do golpe”,que foi apreendida em 2023 na casa do ex-ministro Anderson Torres.
General da reserva e então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência,teve,“atuação de extrema relevância no planejamento de Golpe de Estado e ruptura institucional”. Elaborou o plano de assassinato de Lula,Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes e atuou como “elo” dos manifestantes golpistas e a Presidência.
Tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro,foi apontado pela PF como “operador” de Bolsonaro. Participou do monitoramento do ministro Alexandre de Moraes e auxiliou na incitação de militares para aderirem ao golpe.
Coronel na época dos fatos,e hoje general,era assitente do então comandante do Exército,Marco Antonio Freire Gomes,foi responsável por marcar uma reunião em novembro de 2022 na qual a proposta de golpe foi apresentada por Bolsonaro aos chefes das Forças Armadas.
Influenciador e economista,foi responsável por divulgar a “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”,que pressionava militares a aderir ao golpe. Também atacou oficiais que não concordavam com o plano.
Ministro da Defesa de Bolsonaro,atuou para pressionar os comandantes do Exército e da Aeronáutica a aderiram ao golpe de Estado. Participou de duas reuniões,uma com a presença de Bolsonaro,e outra dele com os comandantes.
Tenente-coronel,atuou no monitoramento do ministro Alexandre de Moraes,como parte do plano para prendê-lo e matá-lo.
Tenente-coronel,foi um dos responsáveis pela “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”,parte da estratégia para insuflar a ofensiva golpista e pressionar militares que se opunham ao golpe.
Tenente-coronel da reserva do Exército,ajudou a coletar assinaturas para a carta que pressionou militares a aderir ao golpe.
Foi assessor especial de Bolsonaro durante a Presidência e integrava o grupo que ficou conhecido como “gabinete do ódio”. Repassou a Fernando Cerimedo material que foi utilizado em uma transmissão com ataques falsos às urnas.
Presidente do PL,atuou de “forma dolosa”,ao apresentar uma representação eleitoral com argumento contras as urnas eletrônicas que ele sabia que eram falsos. Pessoas que trabalhavam para o PL e para um instituto contratado pelo partido forneciam informações falsas sobre as urnas para influenciadores.
General da reserva e ex-ministro,foi candidato a vice na campanha de reeleição de Bolsonaro. Uma reunião foi feita em sua casa para apresentar o plano de assassinato de Moraes,Lula e Alckmin. Também atuou para pressionar os comandantes do Exército e da Aeronáutica a aderirem ao golpe e,quando eles não concordaram,determinou a realização de ataques pessoais contra eles.
Policial federal que atuou na segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a transição de governo. Passou informações sobre o esquema de segurança e afirmou que estava “pronto para ir ajudar a defender o Palácio e o presidente”,só esperando a “canetada”.