2024-11-08 HaiPress
"Sim,fui convidado",afirmou,após ser questionado sobre se recebeu um convite para continuar a presidir a CGD. Convite que,mais tarde,disse ter aceitado,mantendo-se no cargo no mandato de 2025 a 2028.
O gestor,que,entre outras funções,foi diretor-geral do fisco e ministro da Saúde,chegou à presidência da Comissão Executiva do banco público em 2017.
Desde aí,levou a cabo um processo de reestruturação no banco que incluiu a venda de ativos fora da atividade bancária central,mas também uma redução de pessoal e de agências.
Paulo Macedo admitiu que deverá haver uma reestruturação na liderança da CGD e que o banco continuará o processo de alienação de ativos não 'core',não estratégicos.
Paulo Macedo foi ainda questionado sobre o que espera para o futuro do banco,tendo antecipado uma estabilização dos resultados,mas também uma aposta no serviço.
Sobre a redução dos serviços financeiros e na rede do banco público,Paulo Macedo garantiu que não haverá encerramento de agências e que os balcões continuarão a ter pessoas que farão o acompanhamento das pessoas com mais dificuldades no acesso às novas tecnologias.
O gestor anunciou ainda que a CGD vai vender 440 milhões de euros em carteiras de crédito malparado.
Sobre a venda de produtos como certificados de aforro,o presidente do banco disse que é uma questão que "é periodicamente debatida na Caixa",mas que não traria vantagens.
"Nós podíamos ter tido a rentabilidade,que foi significativa,da venda de certificados de aforro,mas entendemos que os produtos não devem ser confundidos",acrescentando "que não traria estabilidade nem traria grandes vantagens".
Sobre o mercado da habitação,Paulo Macedo rejeitou ter "quaisquer dotes de adivinho" sobre os preços,mas que vê "a questão de a oferta ser insuficiente" face ao aumento da procura.
O gestor enumerou um conjunto de fatores que têm estimulado a procura de casas,como o aumento do rendimento real,a imigração,as alterações às tabelas de retenção na fonte ou as medidas de apoio à compra de casa por jovens. A isto,juntou a manutenção do nível de emprego e a estabilidade política,que "também leva as pessoas a tomarem mais decisões a longo prazo".
A CGD anunciou hoje que registou lucros acumulados de 1.369 milhões de euros até setembro,numa subida de 38,7% face ao mesmo período do ano passado,que Paulo Macedo apelidou de "uns bons nove meses".
Com um crescimento mais modesto em termos homólogos,a margem financeira consolidada da CGD cresceu 1,5%,para 2.121 milhões de euros".