Casa Educação online Jogo ao vivo Informação de negócios contribuição predial notícias econômicas notícias internacionais Tecnologia Moda Entretenimento Vida Carro Hotel Educação Física Comida Inteligente Pai-filho Saúde Brigada Cultural

Tarsila do Amaral ganha exposição no Musée du Luxembourg, em Paris

2024-10-28 HaiPress

Vista do Rio de Janeiro pintado por Tarsila do Amaral em Paris,em 1923 — Foto: Divulgação

"Sinto-me cada vez mais brasileira: quero ser a pintora da minha terra”,escreveu Tarsila do Amaral em 1923,de Paris,numa carta à sua mãe. Mais de um século depois,neste mês,é inaugurada na capital francesa a maior exposição dedicada à artista no continente europeu. Com 150 obras e um trabalho de curadoria de três anos,assinado por Cecilia Braschi,a mostra,em cartaz até 2 de fevereiro no Musée du Luxembourg,celebra a brasilidade e a ousadia vanguardista da pintora paulistana. Obras inéditas dos anos 1940-1960 e arquivos pessoais de Tarsila,como rascunhos,anotações e um álbum de viagens,levam o visitante por um túnel do tempo guiado pelo seu espírito aventureiro.

Filha de fazendeiros e nascida em 1886 em Capivari,no interior de São Paulo,Tarsila teve uma infância caipira rica em cultura e rodeada de referências europeias. A sua relação com Paris começou nos anos 1920,quando se mudou para a capital francesa com o seu companheiro da época,o escritor Oswald de Andrade. Juntos,se firmaram no meio artístico parisiense entre figuras influentes da época como Fernand Léger,Picasso,Stravinsky e Brancusi. “A Tarsila tinha muito orgulho do seu país. Ela trazia pinga do Brasil e dava festas no seu ateliê com feijoada e caipirinha”,conta Tarsilinha,sobrinha-neta da pintora,que cuida do seu legado há mais de duas décadas.

Autorretrato de Tarsila do Amaral,pintado em 1923 — Foto: Divulgação

Não só o meio acadêmico,mas a alta-costura francesa também teve grande impacto nas suas produções artísticas. Em “Autorretrato” (“Manteau rouge”),exposto na retrospectiva,Tarsila aparece com um casaco vermelho do costureiro Jean Patou. “Ela também usava muito Paul Poiret,os dois tinham um exotismo com o qual ela se identificava. Esse visual incomum para a época acabou virando uma marca registrada”,lembra Tarsilinha.

Amor,moda,arte,Brasil e França se entrelaçam na exposição que brinda a existência da pintora e comprova que conquistou o legado que sonhava.

Declaração: Este artigo é reproduzido em outras mídias. O objetivo da reimpressão é transmitir mais informações. Isso não significa que este site concorda com suas opiniões e é responsável por sua autenticidade, e não tem nenhuma responsabilidade legal. Todos os recursos deste site são coletados na Internet. O objetivo do compartilhamento é apenas para o aprendizado e a referência de todos. Se houver violação de direitos autorais ou propriedade intelectual, deixe uma mensagem.