2024-10-22 HaiPress
Citada pela agência noticiosa oficial Xinhua,Dilma Rousseff disse que os países que compõem o BRICS (bloco formado por Brasil,Rússia,Índia,China e África do Sul mais Egito,Irão,Emirados Árabes Unidos e Etiópia) são "economias poderosas com grande potencial e capacidade de crescimento".
As declarações da antiga presidente do Brasil (2011-2016) coincidem com o início,hoje,da cimeira do bloco na cidade russa de Kazan.
Os países membros do grupo "perceberam que é muito importante que os países emergentes e em desenvolvimento tenham mecanismos e instrumentos adequados",observou Dilma.
"Por isso,criaram o Novo Banco de Desenvolvimento e o Fundo de Reserva",acrescentou Dilma,referindo-se ao banco que dirige e ao Arranjo Contingencial de Reservas (CRA),criados para rivalizar com instituições como o FMI ou o Banco Mundial.
O Kremlin confirmou que um total de 24 chefes de Estado e de Governo participarão na cimeira dos BRICS em Kazan,incluindo os líderes da China,Índia e Turquia.
Em junho,Dilma visitou a Rússia,onde reuniu com o Presidente russo,Vladimir Putin. Ambos discutiram uma estratégia de financiamento de projetos importantes em território russo pela instituição de crédito dos BRICS.
No ano passado,a instituição anunciou a cessação temporária das suas operações na Rússia,uma vez que "a existência de um sistema financeiro internacional não pode ser negada" no contexto das sanções ocidentais contra Moscovo devido à guerra na Ucrânia.
A decisão de criar um banco no âmbito dos países BRICS foi tomada em 2013,durante a cimeira de Durban,na África do Sul,e um ano depois esta decisão foi selada no Brasil com a assinatura do acordo correspondente.
O Novo Banco de Desenvolvimento dos BRICS,com sede na cidade chinesa de Xangai,começou a funcionar oficialmente em julho de 2015.