2024-09-21 HaiPress
Em comunicado,a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção,Cerâmica e Vidro (Feviccom) avança que a concentração -- que se segue a uma outra organizada em 31 de julho passado -- está marcada para as 11:00,enquanto,no interior das instalações da Apcor,decorrem as negociações salariais com a associação patronal.
Os sindicatos argumentam que a Apcor "teima em manter a sua posição e faz orelhas moucas à reivindicação dos trabalhadores".
Os trabalhadores da indústria da cortiça reclamam aumentos salariais para todo o setor e o fim da "tortura psicológica" a que dizem estar sujeitos de forma a prescindirem de direitos.
"Corticeiras em luta -- Não nos roubem mais","Para uns há milhões; Para outros nem sequer há tostões" e "Basta de tortura psicológica -- Há que respeitar os trabalhadores" foram algumas das mensagens escritas nas faixas do protesto promovido em julho.
Quando as negociações salariais tiveram início,em abril,o Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte reivindicava um aumento mensal de 72 euros no salário e 1,46 euros no subsídio de alimentação. Entretanto,a Apcor -- que representa 230 empresas do setor,80% da produção nacional dessa matéria-prima e 85% das respetivas exportações -- contrapropôs um aumento de 21 cêntimos nas refeições e de 36 euros nos salários até dezembro e de 60 euros nos seguintes.
"Não aceitamos isso. O mínimo que estamos disponíveis a aceitar é 60 euros de aumento mensal,que é valor da atualização que houve em janeiro para o salário mínimo nacional,estipulado por decreto",afirmou o presidente do sindicato,Alírio Amorim,em declarações à agência Lusa durante o protesto de julho.
Contactada,então,pela Lusa,a Apcor disse não comentar negociações em curso.