2024-09-14 HaiPress
Ricardo Cotrim,CEO da BerryBites — Foto: Divulgação
GERADO EM: 14/09/2024 - 06:00
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Depois de vender o controle da Búfalo Dourado,marca líder em burrata,para a UltraCheese,da gestora Aqua Capital,em 2020,o empresário Ricardo Cotrim começou a plantar mirtilo em sua fazenda no interior de São Paulo. O plano era desenvolver uma marca de sobremesas “gostosas e saudáveis”,à base de mirtilo e outras frutas,quando o “sorvete” argentino Franui,de framboesa congelada coberta de chocolate,virou um fenômeno no Tik Tok.
— Retomei o contato com o varejo para falar do novo projeto e vi que estavam sedentos por uma alternativa nacional ao Franui — conta Cotrim,que resolveu antecipar e adaptar seu projeto.
Assim nascia a BerryBites,que estreou em abril no Santa Luzia e em seguida nas redes St Marche (SP) e Zona Sul (Rio),com seus potinhos de framboesa e de mirtilo congelados cobertos de chocolate. Diferentemente do Franui — e fiel aos planos originais de saudabilidade — a cobertura da BerryBites não leva açúcar.
Após esse início surfando na onda do Franui,agora a BerryBites lança uma linha proteica,com 20 gramas de proteína a base de whey e colágeno,e outras frutas e coberturas: abacaxi com coco,morango com açaí e banana com pasta de amendoim.
A linha Protein será lançada primeiro no Rio,em exclusividade com a rede Zona Sul. — O produto é a cara do Rio e já é o nosso maior mercado — diz Cotrim.
A marca está fechando com o Grupo Pão de Açúcar e em breve será distribuída para todo o país.
— O plano nunca foi ficar na framboesa com chocolate. Temos um pipeline grande de novos produtos de sobremesas saudáveis e proteicas,inclusive não geladas,mas estamos aproveitando a logística e todas as sinergias para crescer rápido — diz Cotrim.
A produção da BerryBites sai da mesma fábrica onde funcionava a Búfalo Dourado,na Fazenda Sesmaria,em Amparo (SP). A fazenda que pertenceu ao Barão de Campinas foi comprada pelo pai de Cotrim,Magim Rodriguez,depois que este se aposentou de uma carreira executiva como CEO de Brahma,Ambev e Lacta.
Cotrim e o irmão já aportaram R$ 10 milhões no negócio,em P&D e na adaptação e ampliação da fábrica — e já planejam dobrar esse investimento para construir uma nova planta,fora da fazenda. — Vamos passar por auditoria para atender um cliente nos EUA a partir do segundo trimestre do ano que vem e precisamos de uma fábrica maior — diz. A nova fábrica está prevista para iniciar operação em março e vai ampliar em dez vezes a capacidade atual.
Cotrim não tem apego. Está criando o negócio pensando em vender para um investidor estratégico ou algum fundo dentro de alguns anos,como fez com o negócio da burrata.
— O crescimento está sendo muito rápido. Em um ano a empresa terá o tamanho que a Búfalo Dourado tinha em cinco anos. Estamos inaugurando uma categoria nova de sobremesas saudáveis,sem aditivos,o menos processado possível,com a essência da fruta. São produtos com a cara do Brasil e muito potencial e exportação — diz ele.