2024-09-13 HaiPress
O presidente da Argentina,Javier Milei,durante comemorações do Dia da Bandeira no Memorial da Bandeira Nacional em Rosário,Santa Fé,Argentina,— Foto: STRINGER/AFP
GERADO EM: 13/09/2024 - 04:30
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
LEIA AQUI
Sétimo filho homem de Mirta Portillo,o pequeno Noah,que nasceu na terça-feira no em Río Gallegos,na Argentina,terá um padrinho não convencional: ninguém menos que o presidente Javier Milei. Ainda no hospital,informaram à mãe que,pela Lei de Apadrinhamento Presidencial,ela teria o direito de solicitar que filho fosse afilhado do presidente sem que houvesse uma negativa,e os trâmites para que isso ocorra já começaram. Essa é a primeira vez que Milei apadrinhará uma criança sob a tradição desde que assumiu o poder.
Regime militar: Justiça argentina identifica pela primeira vez desaparecido da ditadura graças a mecha de cabeloVeja vídeo: Em aniversário de golpe militar,Milei refuta memória da ditadura e suas 30 mil vítimas
Portillo é de Misiones,mas há cerca de 20 anos se mudou para a capital de Santa Cruz porque o clima seco ajudou a curar os problemas respiratórios de seu primeiro filho,Adam,que hoje tem 18 anos. Adam nasceu em sua cidade natal,mas seus irmãos Ivan (16),Tiago (12),Aaron (10),Ezel (8) e David (2) nasceram na região da Patagônia.
— Disseram-me que estão entrando em contato com o presidente,então ele pode ser o padrinho — disse a mãe,de 41 anos,em entrevista à FM Santa María de las Misiones. — Não esperávamos ter todos meninos. Posso dizer que chegamos aos sete filhos buscando uma irmãzinha para eles. Mas já já percebi que não é pra ser.
Vídeo: Manifestantes enfrentam repressão da polícia na Argentina após Congresso bloquear reajuste da aposentadoria
Em geral,desde 1983,os presidentes-padrinhos não têm comparecido aos batismos das crianças,com algumas exceções importantes,embora sempre enviem presentes ou representantes à cerimônia.
Mas existem exceções. Por exemplo,em 26 de outubro de 1996,Mateo Cagliari foi batizado na residência Presidencial de Olivos,e foi o próprio Carlos Menem,então presidente,que se ofereceu à família como padrinho meses antes de seu nascimento,como relatou o jornal La Nación.
Embora os padrinhos-presidentes sempre tenham estado presentes de alguma forma,também têm mantido contatos breves e esporádicos,mas significativos,com seus afilhados ou afilhadas,quando as circunstâncias permitiram.
'Maior expoente defensor da liberdade': Milei diz ser o 'político mais relevante da Terra',junto com Donald Trump
A tradição do "padrinazgo presidencial" data de 1907,quando um casal emigrado da Rússia,residente na Argentina,pediu em uma carta ao então presidente José Figueroa Alcorta que fosse padrinho de seu sétimo filho homem,mantendo assim o costume de seu país,onde era tradicional que o czar ocupasse esse papel. Figueroa Alcorta aceitou e,desde então,ficou como uma norma não escrita.
A tradição foi transformada em lei quase 70 anos depois,em 1974,durante a Presidência de Isabel Martínez de Perón. A primeira presidente mulher também incluiu as sétimas filhas na norma. Depois,outra presidente mulher,Cristina Kirchner,modificou a norma para incluir o sétimo filho homem ou mulher de qualquer crença,já que antes o costume era reservado apenas aos batizados católicos.
A lei inclui uma bolsa de estudos até o término do período universitário.