2024-09-11 HaiPress
Estênceis de mão de idade desconhecida das Ilhas Raja Ampat — Foto: Reprodução/Tristan Russell/CC BY-SA
GERADO EM: 11/09/2024 - 04:00
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Uma pesquisa recente liderada pelo arqueólogo Dylan Gaffney,da Universidade de Oxford,trouxe revelações que podem transformar a compreensão atual sobre a migração dos Homo sapiens para o Pacífico. Publicado na revista Antiquity,o estudo destaca descobertas na Ilha Waigeo,parte do arquipélago de Raja Ampat,na Indonésia,que indicam uma presença humana na região mais antiga à anteriormente estimada.
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A caverna Mololo,com cerca de 46 metros de profundidade,foi o foco central da investigação. Localizada a 15 km do litoral da Ilha Waigeo,a caverna revela camadas de ocupação que datam de aproximadamente 55 mil anos atrás. O achado mais significativo foi um artefato feito de resina de árvore,o primeiro conhecido fora da África. A descoberta oferece evidências de que os humanos da época possuíam técnicas avançadas para moldar e utilizar a resina,uma prática associada ao uso como combustível para fogueiras.
“A escavação revelou várias camadas de ocupação humana associadas a artefatos de pedra,ossos de animais,conchas e carvão - todos os restos descartados por humanos antigos que viviam na caverna”,afirmou Dylan Gaffney em um artigo publicado no portal The Conversation.
Arqueólogos Daud Tanudirjo e Moses Dailom escavando na Caverna Mololo — Foto: Reprodução/Tristan Russell,CC BY-SA
A análise detalhada com microscópio eletrônico de varredura revelou que o artefato passou por várias etapas de processamento: desde o corte da casca da árvore produtora de resina,até o endurecimento e moldagem da resina. Embora a função exata do objeto ainda seja um mistério,Gaffney sugere que o artefato pode ter sido utilizado como fonte de combustível para fogueiras,uma prática observada na Papua Ocidental no século XX,antes da introdução da iluminação a gás e elétrica.
Os restos de ossos encontrados na caverna Mololo também forneceram informações valiosas sobre a dieta dos primeiros habitantes. A análise revelou que eles caçavam aves que habitavam o solo,marsupiais e morcegos,o que pode evidenciar uma capacidade de adaptação à floresta tropical.
A pesquisa ainda aponta que a exploração tanto dos recursos da floresta tropical quanto dos marinhos foi crucial para a sobrevivência e sucesso dos povos do Pacífico. De acordo com o estudado,a capacidade de utilizar os recursos naturais foi fundamental para enfrentar as condições das ilhas tropicais.
Um exemplo moderno de resina de árvore das Ilhas Raja Ampat sendo usada para iniciar um fogo — Foto: Reprodução/Dylan Gaffney/CC BY-SA
O estudo também oferece novas perspectivas sobre as rotas migratórias dos Homo sapiens para o Pacífico. Até o momento,duas principais hipóteses prevalecem: uma rota ao sul para a Austrália e outra ao norte,através das Ilhas Raja Ampat para a Papua Ocidental. As evidências encontradas na Ilha Waigeo sustentam a teoria de que os primeiros marinheiros podem ter seguido a rota norte antes de se deslocarem para a Austrália. Gaffney observa: “No que hoje é o norte da Austrália,as escavações indicam que os humanos podem ter colonizado o antigo continente de Sahul,que ligava a Papua Ocidental à Austrália,há 65 mil anos.”
Essa nova informação sustenta a ideia de que os primeiros seres humanos cruzaram a rota norte para a Papua Ocidental,ou seja,criaram um vínculo mais antigo entre a Papua Ocidental e a Austrália do que se pensava anteriormente.
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Ceres,gravada em jaspe vermelho,veste uma túnica com cinto e segura um cetro na mão esquerda — Foto: Anna Giecco
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Vênus,gravada em ametista,segura uma folha de palmeira e uma flor ou espelho — Foto: Anna Giecco
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Sol,gravado em jaspe,segura seu chicote solar em uma das mãos e ergue a outra em saudação — Foto: Anna Giecco
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Diana,gravada em cornalina,tira uma flecha de sua aljava — Foto: Anna Giecco
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Um anel de bronze contendo um entalhe de vidro azul moldado representando uma figura masculina — Foto: Anna Giecco
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A deusa Fortuna,segura uma cornucópia e o leme de um navio — Foto: Anna Giecco
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O deus Pã brande as flautas duplas,uma flauta em cada mão — Foto: Anna Giecco
Estudiosos acreditam que os 36 itens,menores do que a moeda de dez centavos,tenham caído de anéis de sinete usado por ricos do século III