2024-09-09 HaiPress
Mãe de Davi,Aparecida,e Diego Mendes,o mototaxista,se reencontra no hospital após noite do acidente — Foto: Reprodução/TV Globo
GERADO EM: 09/09/2024 - 04:30
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Durante o reencontro com Aparecida Cristina Guimarães,mãe do Davi,de 8 anos,o mototaxista Diego Mendes demonstrou estar aliviado com a recuperação da criança,que teve o braço decepado no tombamento do ônibus 476 (Méier-Leblon),na noite de sexta-feira. Além do menino,outras 25 pessoas ficaram feridas no acidente,que aconteceu na descida do viaduto da Linha Vermelha,em São Cristóvão. Diego foi quem levou o garoto ao hospital e ainda recuperou o membro amputado para que os médicos tentassem reimplantá-lo.
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Aparecida,mãe do menino Davi,reencontra o mototaxista Diego Mendes
— Agora,chegou o momento realmente de felicidade. Os primeiros dias foram tensos,a gente não sabia como ia ficar o braço dele. A gente trouxe ele (para o hospital) no desespero,depois,voltamos para pegar o bracinho dele,mas,graças a Deus,está dando tudo certo — disse Diego.
Após o acidente,o mototaxista resgatou Davi e Aparecida,e os levou de moto até o hospital Quinta D’or,em São Cristóvão. Ele virou uma espécie de “padrinho” da criança e,desde a noite do resgate,mantém contato constante com a família.
O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão). A perícia foi realizada no local e as vítimas,socorridas para hospitais da região,estão comparecendo à delegacia para prestar depoimento,a medida que recebem alta médica. Diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos segundo a polícia.
Em frente à unidade hospitalar,Aparecida relembrou os momentos vividos antes do acidente. Na sexta-feira,ela foi vender doces próximo a um mercado no Leblon na expectativa de conseguir dinheiro para comprar comida. Até por esse motivo,ela conta ter deixado o filho na escola antes de ir trabalhar. Quando o menino chegou em casa na parte da tarde,resolveram seguir para o “outro lado da cidade”,como a mineira se refere à Zona Sul,e pegaram o ônibus 476.
Diego terminava uma corrida de moto na hora do tombamento. Ele conta que viu o menino assustado e sem o braço,chegou perto dele e colocou mãe e filho na garupa. Sob a forte pressão emocional,diz que precisou parar duas vezes no caminho pedindo ajuda para encontrar o hospital.
— Cheguei com eles correndo pela emergência. E ele ficou perguntando pela Pandora,a cachorrinha deles. Voltei ao local e fui perguntando para quem estava lá se tinham visto o animalzinho. Foi nesse momento que uma bombeira perguntou se eu poderia levar o braço dele que estava numa sacola (com gelo). Coloquei tudo na caixa de entrega da moto e voltei para hospital. A ficha só começou a cair horas depois,quando liguei para minha mãe. Agora só quero poder ver o Davi e dar um abraço nele e continuar por perto deles — disse Diego,morador do Rio Comprido,afirmando que ainda não conseguiu dormir direito depois de tudo.