2024-08-13 HaiPress
"O diálogo constante quer com o ministério liderado por Miguel Pinto Luz [Infraestruturas],quer com a companhia aérea permitiu que,apesar do cenário instável de greve,o impacto na acessibilidade à região autónoma seja mínimo",lê-se numa nota divulgada pela Secretaria Regional de Economia,Turismo e Cultura madeirense.
O executivo adianta que,"de acordo com o despacho n.º 20/2024 publicado hoje no portal da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho,está garantida a totalidade da operação Lisboa-Porto Santo,assim como todas as ligações internacionais para a Madeira".
Está também "salvaguardada a manutenção de pelo menos dois terços da operação doméstica para a Madeira (Lisboa-Funchal e Porto-Funchal) a 15,16 e 17 de agosto".
Os restantes voos da operação doméstica "ainda se mantêm em programação,o que significa que poderão realizar-se,em função da adesão à greve",menciona a tutela dos transportes.
Desde que foi anunciada a greve da easyJet,em 01 de agosto,o Governo Regional da Madeira esteve em contacto com o Ministério das Infraestruturas e Habitação e com a transportadora para tentar assegurar as operações aéreas para a região - "não só os serviços mínimos",como as restantes ligações.
Referindo não pôr em causa as razões que levaram à convocação da paralisação durante três dias,o executivo madeirense do PSD,liderado por Migue Albuquerque,defende o "interesse regional de uma região ultraperiférica da União Europeia" e a importância de assegurar a continuidade territorial".
Nesses contactos,foi destacado que a falta das ligações iria afetar,entre outras situações,consultas e tratamentos médicos em território continental,o retorno a casa de muitas pessoas e a perda de férias "em alguns casos não reembolsáveis".
O Sindicato Nacional do Pessoal da Aviação Civil (SNPVAC) convocou três dias de greve de tripulantes de cabine na easyJet,entre 15 e 17 de agosto,uma decisão aprovada em assembleia-geral,com 99% de votos a favor,acusando a empresa de ignorar as várias tentativas de resolução de questões laborais,entre as quais a falta de pessoal e o aumento do número de horas de trabalho.
A paralisação tem início às 00:01 de quinta-feira e fim às 24:00 de sábado,para "todos os voos realizados pela easyJet,bem como para os demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos",em território nacional.