2024-08-09 HaiPress
"Nós orçamos o custo total deste conjunto de medidas novas em cerca de 300 milhões de euros,sendo que esses 300 milhões correspondem já a fundos do próprio Instituo do Emprego e Formação Profissional [IEFP],que tem origem em fundos europeus",anunciou a ministra do Trabalho,Solidariedade e Segurança Social,Maria do Rosário Palma Ramalho,em conferência de imprensa,após a reunião do Conselho de Ministros,no Campus XXI,em Lisboa.
Segundo a governante,a medida + Emprego,de apoio aos desempregados,tem dotação de 135 milhões de euros,e a medida de apoios aos jovens mais qualificados,Talento +,tem um valor de cerca de 100 milhões e desdobra-se em duas medidas,uma de apoio aos estágios e outra de apoio à contratação até um período de 24 meses.
A ministra lembrou que a taxa de desemprego no país é de 6,1%,um valor que considerou "muito baixo",mas foram identificadas "algumas entorses" no que diz respeito ao desemprego jovem e qualificado e ao desemprego de imigrantes,cuja taxa ronda os 19%.
No caso das medidas Talento + e + Emprego,que já existiam,o Governo decidiu fazer algumas modificações,considerando que não se revelaram "eficazes na sua aplicação prática".
Assim,no apoio aos estágios profissionais,o Governo optou por dirigi-la aos jovens que têm pelo menos o nível quatro e cinco do quadro nacional de qualificações,"o que significa que é mais estreita no âmbito da aplicação",mas também,espera o Governo,"mais eficaz".
Este apoio passa também a abranger apenas desempregados com maior dificuldade de empregabilidade,menores de 35,e pessoas com deficiência,com uma meta de 6.500 estágios.
Já a medida + Talento,destina-se "aos jovens mais talentosos,que costumam fugir do país" à procura de melhores condições de vida e trabalho,disse a ministra,em sentido figurado.
Trata-se então de um programa com uma meta de 15.000 estágios profissionais para os jovens de mais elevadas qualificações e com "uma valorização muito significativa do valor do apoio do Estado",explicou a governante.
Já na medida + Emprego,que prevê um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no IEFP há pelo menos três meses consecutivos,ou que pertençam a grupos com dificuldades de integração no mercado de trabalho,o Governo decidiu "recalibrar" a meta para 20.000 contratos.
[Notícia atualizada às 16h35]