2024-07-25 HaiPress
No âmbito deste projeto,o BEI e a ANA assinaram um contrato de financiamento no valor de 50 milhões de euros para o desenvolvimento de infraestruturas de baixo carbono "em aeroportos localizados no continente e nas ilhas,entre eles os aeroportos de Lisboa e do Porto",adiantam em comunicado conjunto.
O projeto "está incluído no quadro de ação climática e sustentabilidade ambiental do BEI e integra o programa de sustentabilidade da ANA,que visa alcançar a neutralidade carbónica nas suas emissões âmbito 1 e 2,até 2030,e apoiar a transição dos seus parceiros".
Na prática,serão implementados sistemas de fornecimento de energia e ar condicionado aos aviões parqueados,que,ao desligarem os seus motores,reduzem o consumo de combustível e as emissões de gases poluentes,referem as duas organizações.
Segundo o comunicado,o projeto que prevê ainda a instalação de pontos de carregamento elétrico para veículos de assistência e "revolucionará a paisagem operacional dos aeroportos portugueses".
Estão previstas 135 posições de estacionamento para aeronaves e aproximadamente 600 pontos de carregamento,mas também serão instalados sete projetos fotovoltaicos,com uma capacidade de 12,8MWp,nos aeroportos para autoconsumo e que "terão um impacte significativo na redução da sua pegada de carbono",indicam o BEI e a ANA.
O projeto será implementado ao longo dos próximos dois anos e deverá beneficiar do Mecanismo de Infraestrutura para Combustíveis Alternativos para Transportes,no âmbito do setor dos transportes do Mecanismo Interligar a Europa (CET-T-AFIF).
Esta iniciativa faz parte da estratégia da ANA para "eletrificar as operações de solo aéreo",substituindo veículos com motor de combustão interna e unidades auxiliares de energia de aeronaves por soluções mais sustentáveis,refere ainda o comunicado.
A ANA passou a fazer parte da rede Vinci Airports em setembro de 2013 e gere aeroportos no continente (Lisboa,Porto,Faro e Beja),nos Açores (Ponta Delgada,Horta,Flores e Santa Maria) e na Madeira (Madeira e Porto Santo).
Com capital detido pelos Estados-membros,o BEI é uma instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia que financia investimentos que contribuam para a concretização dos objetivos estratégicos comunitários.